Pode parecer um exagero criar uma data para exaltar a limpeza das mãos, mas nunca isso fez tanto sentido como neste ano de pandemia de coronavírus, que soma 3,6 milhões de casos no mundo e quase 252.000 vítimas. Hoje, 5 de maio, é o Dia Mundial de Higiene das Mãos, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A campanha da OMS, iniciada em 2005, é voltada aos profissionais de saúde, como enfermeiras e parteiras. Um estudo realizado em 2015 pela OMS e pela Unicef em instituições de saúde de 54 países apontou que 35% delas sequer ofereciam sabão e água para seus profissionais. Onde o material existia, 61% dos profissionais ainda não adotava as melhores práticas. O coronavírus mostrou que, embora lavar as mãos pareça algo trivial, ainda é considerado um hábito de luxo em muitas partes do mundo. Em países como a Etiópia, muitas pessoas usam cinzas ou areia para a higiene pessoal, pela dificuldade de obter sabão. No Brasil, cerca de 35 milhões de pessoas, ou 16% da população, não têm acesso a água encanada.
Fonte: Exame
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