Para empresários, cortar gastos é fundamental
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Representantes de entidades empresariais acreditam que a proposta de Reforma Tributária, enviada ontem à Assembleia Legislativa, peca na hora de enxugar despesas e gastos públicos
Depois de quase um mês de debate sobre a Reforma Tributária RS com entidades setoriais e outros poderes, o governo do Estado encaminhou ontem os textos finais da proposta à Assembleia Legislativa. O conjunto de medidas complementa o ciclo de reformas que começou em 2019 e promete gerar ainda muitas discussões. Representantes de entidades empresariais são unânimes ao avaliar o projeto como prejudicial tanto ao bolso dos empresários quanto dos consumidores. O presidente do Fórum das Entidades Empresariais e de Profissionais Liberais de Canoas, Valter Kuchenbecker, diz que em uma primeira leitura, segundo ele, mostra que não houve corte nos gastos da máquina pública, no custeio, sempre na carga tributária. “Ao fim e ao cabo, isso resulta em aumento, o que é inadmissível e insuportável para o empresariado.
Vide a fuga das empresas do RS. O que se precisa é avançar no corte dos gastos e despesas”, destaca. Sérgio Galbinski, presidente da Associação Gaúcha do Varejo (AGV), entidade que participa ativamente da proposta de reforma tributária no Estado, avalia como positiva a simplificação dos impostos, mas não concorda com o aumento de carga tributária para o varejo. “Representamos apenas 15% do PIB mas 30% da arrecadação, então estamos com carga dobrada em relação a outras atividades do estado”, critica Galbinski. Entidades filiadas à Federasul, como o CES. também são frontalmente contra qualquer reforma que gere aumento de carga tributária. “Nem as empresas nem a população possuem condições de suportar qualquer majoração no pesado encargo gerado pelo elevado custo dos impostos”, acredita a presidente do CES – Cristina de Oliveira Cardoso.